Capacitação Manipuladores(as) de Alimentos nas Escolas de abrangência da AMEOSC 

Justificativa:

Em função do índice crescente de sobrepeso e obesidade entre crianças e adolescentes de todas as regiões do Brasil, que resulta em consequências negativas como redução da qualidade de vida, maior carga de doenças, entre outros, a implementação de novas ações de intervenção com vistas a incentivar uma alimentação adequada através do consumo de pratos diferenciados e saudáveis é urgente e extremamente necessária.

Através da adoção de hábitos saudáveis não só os indivíduos, mas também suas famílias e comunidade que se apoderam de um bem, um direito e um recurso aplicável à vida cotidiana é possível modificar a realidade. Baseado nesse conceito de integração entre grupos de indivíduos, acredita-se que uma das melhores formas de promover a saúde é através da escola e seu cotidiano. Isso porque, a escola é um espaço social onde muitas pessoas convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a maior parte de seu tempo. Além disso, é na escola onde os programas de educação e saúde podem ter plena repercussão, beneficiando os alunos na infância e na adolescência. Nesse sentido, os professores e todos os demais profissionais tornam-se exemplos positivos para os alunos, suas famílias e para a comunidade na qual estão inseridos.

Outro ponto observado é que para promover hábitos alimentares mais saudáveis, e, consequentemente, diminuir os índices de obesidade, acredita-se que seja importante que as pessoas tenham conhecimento de alimentação e nutrição. Nesse sentido, o ambiente escolar é um marco para a aquisição de novos conhecimentos e habilidades, dentro do ponto de vista cognitivo e produtivo.

As atividades educativas promotoras de saúde na escola representam importantes ferramentas se considerarmos que pessoas bem informadas têm mais possibilidade de participar ativamente na promoção do seu bem estar.

Fica claro que o fundamental é despertar na criança não apenas o prazer de se alimentar, como a consciência dos benefícios, presentes e futuros, que uma boa alimentação pode lhe proporcionar.

Além do exposto, a refeição escolar ao representar um consumo de alimentos fora do âmbito familiar, passa a ser concebida pelo aluno como novidade. É possível que haja assim, um entendimento que associe o que é oferecido na escola ao que seria eventualmente o correto. Nesse sentido a merenda deve ser sempre de ótima qualidade nutricional. Por este motivo também a capacitação dos (as) manipuladores (as) de alimentos pois os(as) mesmos(as) também são agentes de mudança. Além do mais, o programa de alimentação escolar não pode se resumir ao fornecimento de lanches ou refeições no intervalo das atividades escolares. Existe possibilidades para desenvolver atividades educativas em nutrição visando a promoção da saúde da comunidade escolar onde os(as) manipuladores(as) de alimentos também estão envolvidas.

 Objetivos:

- Capacitar os(as) servidores(as) responsáveis por elaborar e servir a alimentação escolar nas escolas com o devido cuidado para evitar contaminações e consequentemente intoxicações alimentares;

- Incentivar a alimentação saudável nas escolas, através de uso de receitas diferenciadas e adequadas às diversas realidades no dia a dia.

 - Estimular o consumo de alimentos diferenciados e saudáveis na escola, com vistas a extrapolar o ambiente escolar com ampliação para as famílias dos alunos

-  Praticar receitas de panificados, pratos quentes e acompanhamentos com teor reduzido de açúcar, sal, gorduras, alimentos integrais, PANCs (plantas alimentícias não convencionais), sem glúten, e sem lactose.

-Estimular o uso de alimentos locais da agricultura familiar.

Resultados esperados:

- Equipes motivadas para o trabalho;

- Equipes com conhecimento das práticas adequadas na manipulação de alimentos;

- Participantes motivados a reproduzir as receitas diferenciadas trabalhadas durante o curso nos seus espaços.

- Melhoria na qualidade da alimentação e progressivamente a melhoria das condições de saúde dos alunos e de suas famílias.

-Troca de experiências e vivências entre os participantes.

-Atender demandas específicas de alunos com intolerâncias alimentares nos educandários.

Metodologia:

O Curso será realizado no Centro de Treinamento da Epagri de São Miguel do Oeste, com servidoras municipais responsáveis pela alimentação escolar dos educandários de abrangência da AMEOSC, a partir de metodologias de extensão rural onde se preconiza o “aprender a fazer fazendo e entendendo o processo”, durante 03 dias (24 horas).

A abordagem dos assuntos será feita de forma teórica e prática nos diversos espaços do CETRESMO com profissionais da Epagri capacitados para atender a demanda.

Com vistas a qualidade do aprendizado, considerando os espaços existentes no CETRESMO, o grupo de participantes deve ser de no máximo 20 pessoas. Em caso maior número de interessados pode-se fazer mais de uma edição do curso.

Os ingredientes, materiais e utensílios necessários serão responsabilidade da Epagri, assim como aventais de tecido, toucas, máscaras e luvas descartáveis durante todo o evento.

Deslocamento dos participantes e pagamento de despesas no Centro de Treinamento fica a cargo das Secretarias de Educação dos Municípios.

Sendo uma proposta piloto, o curso não terá custos aos participantes, sendo cobradas apenas as despesas dos ingredientes, as refeições (2 cafés da manhã, 6 lanches, 3 almoços, 02 jantares por pessoa) e pernoites (02 pernoites) a serem pagos à Epagri, conforme tabela de custos do Centro de Treinamento. As notas fiscais poderão ser emitidas individualmente por prefeitura ou CPF conforme o caso.

Cronograma/Conteúdo programático “Creche”